A Fiocruz confirmou a presença da linhagem do coronavírus chamada de XEC nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. A variante vem se espalhando pelo mundo nas últimas semanas e colocou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em alerta.
Linhagem está sendo monitorada
- A XEC deriva da variante da Omicron e é resultado de uma recombinação genética entre cepas que já estavam em circulação.
- Esse evento acontece quando uma pessoa é simultaneamente infectada por duas linhagens diferentes de vírus.
- Nesse caso, pode haver combinação dos genomas dos dois agentes infecciosos durante a replicação viral.
- O genoma da XEC, que contém segmentos dos genomas das linhagens KS.1.1 e KP.3.3, tem ainda mutações extras que podem facilitar sua propagação, conforme a Fiocruz.
- A OMS disse que a variante está sob monitoramento devido a mutações no seu genoma que podem impactar o comportamento do vírus e também por observarem os sinais iniciais de “vantagem de crescimento” em comparação com outras variantes da Covid-19 em circulação.
- Os primeiros casos foram registrados na Alemanha e a linhagem rapidamente se disseminou pela Europa, Américas, Ásia e Oceania, com ao menos 35 países reportando infecções.

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Variante tem maior capacidade de transmissão
De acordo com a Fiocruz, a XEC pode ser mais transmissível do que outras linhagens, mas será necessário avaliar o seu comportamento no Brasil. No país, a identificação da variante aconteceu após a expansão do sequenciamento genético do Sars-CoV-2 na cidade do Rio de Janeiro entre agosto e setembro.
Durante três semanas, foi feita a coleta de amostras que foram enviadas ao Laboratório de Referência do IOC/Fiocruz para análise dos resultados positivos para Sars-CoV-2 diagnosticados por testes rápidos em unidades básicas de saúde. Apesar de ter identificado a presença da XEC, o monitoramento mostrou que a linhagem JN.1 continua sendo a predominante no Brasil desde o fim de 2023.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde do Rio e do Infogripe, da Fiocruz, não indicam alta nos casos na cidade. Apesar disso, especialistas ressaltam a necessidade de manter o monitoramento em todo o território nacional. As informações são do UOL.
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