Você deve se lembrar que recentemente cientistas da NASA anunciaram uma “segunda Lua” para a Terra. O novo corpo celeste veio fazer companhia para o planeta e está rondando a órbita terrestre desde o último dia, 29 de setembro. Mas isso não vai durar muito tempo.
A “segunda Lua”, como está sendo chamada, é na verdade o asteroide 2024 PT5, que comumente orbita o Sol dentro do cinturão de asteroides Arjuna, conhecido por acompanhar a Terra e composto por rochas espaciais.
“Segunda Lua” deixa a Terra em novembro
Diferentemente da nossa Lua, que continua permanentemente “dançando” ao redor da órbita terrestre há cerca de 4 mil anos, o pequeno PT5 mal não será um acompanhante fiel e deve deixar o posto antes mesmo do fim deste ano.
“De acordo com os dados mais recentes disponíveis do sistema Jet Propulsion Laboratory Horizons da NASA, a captura temporária terminará às 11h43 EDT [12h53 no horário de Brasília] em 25 de novembro”, afirma o professor da Universidade Complutense de Madrid, Carlos de la Fuente Marcos, em entrevista ao Space.com.
Ainda de acordo com Marcos, as rochas que compõem o cinturão de asteroides de Arjuna possuem uma órbita bastante semelhante à da Terra, com uma distância de 150 milhões de quilômetros do Sol.
Depois de ter essa passagem rápida pela órbita terrestre, o asteroide 2024 PT5 deve retornar ao cinturão e continuar sua caminhada junto aos demais objetos.
Esta não é a primeira “segunda Lua” da Terra
Para a maior parte das pessoas, ter um evento como este de uma “segunda Lua” pode soar como um grande evento, mas para cientistas a captura de objetos no espaço é bastante comum e especialistas afirmam que o evento acontece diversas vezes a cada década.
Esta, aliás, nem é a primeira vez que um asteroide é capturado pela órbita da Terra e aparece como uma “minilua”.
Cientistas já registraram capturas do tipo, mas por períodos mais curtos – cerca de uma semana de duração, apenas.

A explicação para que essas “segundas Luas” não chamem tanta atenção dos observadores comuns na Terra é pelo fato de que elas não são facilmente observáveis a olho nu como acontece com a Lua propriamente dita.
Isso se deve essencialmente ao tamanho dos corpos celestes. Enquanto a Lua possui um diâmetro de cerca de 3,5 mil quilômetros, estima-se que o asteroide 2024 PT5 seja cerca de 308 vezes menor.
O evento, no entanto, é importante para astrônomos, porque eles conseguem imagens desse alinhamento temporário.
De acordo com Marcos, a “segunda Lua” é muito pequena e escuro para ser vista com o uso de telescópios e binóculos amadores típicos.
“No entanto, o objeto está dentro da faixa de brilho dos telescópios usados por astrônomos profissionais”, diz.
Ou seja: se você estava esperando ver duas Luas nos próximos dias, no melhor estilo Star Wars, pode baixar um pouco as expectativas.
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