Pesquisadores brasileiros das universidades federais de Viçosa (UFV) e da Paraíba (UFPB), em colaboração com cientistas da Universidad Nacional Autónoma de México (Unam), descobriram espécie de morcego no sudoeste mexicano, chamada Vampyressa villai.
A espécie, que se assemelha às brasileiras Vampyressa pusilla e Vampyressa thyone, possui pelagem amarela e pesa cerca de oito gramas, sendo do tamanho de um beija-flor, com 50 milímetros, passando assim a ser a menor espécie de morcego do mundo.
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Essa nova descoberta é especialmente surpreendente, uma vez que mamíferos são muito bem conhecidos e a descoberta de novas espécies é menos comum em comparação com peixes e anfíbios.
Menor espécie de morcego
- A espécie Vampyressa villai foi inicialmente identificada como Vampyressa thyone, descoberta em 1909;
- Mas análises de DNA e características do crânio e da pelagem permitiram que os pesquisadores diferenciassem a nova espécie das outras;
- Com essa descoberta, agora, são conhecidas seis espécies do gênero Vampyressa;
- A região em que Vampyressa villai é encontrado é bastante restrita, abrangendo faixa no oeste do México, incluindo os estados de Oaxaca, Guerrero e, possivelmente, Veracruz;
- Por ser área que se tornou destino turístico nos últimos anos, como a cidade de Acapulco, os pesquisadores ressaltam a importância de implementar estratégias de conservação para proteger a biodiversidade local.
Desafios na Pesquisa
O Abori destaca que, para descrever a nova espécie, os pesquisadores realizaram extensa pesquisa em 15 museus ao redor do mundo, incluindo o Museu Americano de História Natural, em Nova York (EUA), e o Museu de História Natural, em Londres (Inglaterra). Porém, devido à ampla distribuição geográfica das espécies do gênero Vampyressa, foi desafiador montar uma estratégia de coleta de animais em diferentes territórios.
Diante dessa descoberta, os cientistas agora pretendem investigar se existem outras espécies “escondidas” dentro de espécies já descritas e também explorar a presença do gênero Vampyressa em áreas do Brasil, coletando dados desses animais.
A descoberta reforça o México como um dos países com maior diversidade de mamíferos no mundo, consolidando-o como importante hotspot de biodiversidade.
A descoberta foi publicada no Journal of Mammaology.
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