O furacão Helene trouxe uma oportunidade inesperada para a Starlink, empresa de satélites de Elon Musk. Após meses buscando aprovação regulatória para testar um serviço de telefonia via satélite diretamente em smartphones, a Starlink encontrou resistência de operadoras tradicionais como AT&T e Verizon, que alegaram possíveis interferências.
Mas, com a devastação causada pelo furacão na Carolina do Norte, a Starlink rapidamente enviou antenas de satélite para auxiliar áreas isoladas, com Musk anunciando a ação no X (antigo Twitter).
Esse esforço contribuiu para que a Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) dos EUA autorizasse testes de um novo serviço de celular via satélite em parceria com a T-Mobile, voltado para áreas atingidas por desastres. Jon Freier, presidente do grupo de consumo da T-Mobile, afirmou que essa iniciativa poderia “salvar muitas vidas”.
Entretanto, o papel da Starlink gerou críticas. A oferta de internet gratuita para os afetados pelo furacão inicialmente duraria apenas 30 dias, levando a acusações de que Musk estaria explorando a tragédia. Após repercussão negativa, a empresa estendeu o período gratuito até o final do ano.
Além disso, Musk tem enfrentado tensões com o governo de Joe Biden, que anteriormente negou à Starlink quase um bilhão de dólares em subsídios federais. Essa recusa foi criticada por legisladores republicanos, que abriram uma investigação para determinar se a decisão da FCC foi influenciada por questões políticas.
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Crescimento da Starlink
- Apesar das controvérsias, a Starlink continua a crescer, contando atualmente com 6.400 satélites em órbita.
- Essa capacidade sem precedentes despertou o interesse do Pentágono, que considera a rede essencial para operações militares e reconhecimento internacional.
- Contudo, no mercado de internet para o consumidor, a Starlink ainda enfrenta desafios para competir com gigantes como Verizon e AT&T.
Tensões com o governo dos EUA
A relação de Musk com o governo americano tem sido conturbada. O bilionário criticou publicamente a exclusão de sua empresa Tesla em eventos do setor de veículos elétricos promovidos pela Casa Branca e levantou questões sobre possíveis motivações políticas na decisão de negar subsídios à Starlink.
Por outro lado, o governo já contratou a SpaceX para diversos projetos militares e da NASA, somando US$ 11,8 bilhões em contratos governamentais.
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