Pesquisadores descobriram um artefato de aproximadamente cinco mil anos, dentro de uma sepultura circular na China. De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, o objeto é o maior dragão de jade já encontrado, com 15,8 por 9,5 centímetros.
Além desse objeto, os arqueólogos localizaram restos humanos e uma grande quantidade de cerâmica, incluindo xícaras, bacias e potes com formato de tripés.
O dragão de jade é uma peça esculpida com formas zoomórficas, apresentando um corpo alongado, semelhante ao de uma serpente, e uma cabeça de porco. Esses tipos de esculturas são obras representativas da cultura Hongshan, uma civilização neolítica que habitou a região da Mongólia Interior.
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Escultura pode não ser um dragão
A tumba onde o artefato foi encontrado está localizada na cidade de Chifeng e pode ter sido construída na fase de auge da cultura Hongshan, sendo conhecida por seu desenvolvimento agrícola, o desenvolvimento de grandes cidades e a produção de objetos trabalhados em jade.
Gideon Shelach-Lavi, professor de Estudos do Leste Asiático na Universidade Hebraica de Jerusalém, ressalta que a descoberta, embora importante, não é inteiramente única. Ele explicou que artefatos de jade de tamanho semelhante foram encontrados em outras escavações associadas a essa mesma cultura.
Em entrevista ao site Live Science, Shelach-Lavi, que é líder da equipe responsável pelo achado recente, explicou que o verdadeiro significado dessas relíquias ainda é incerto. Segundo ele, chamá-las de “dragões” pode ser um erro de interpretação. “Nós realmente não sabemos qual era o sentido deles naquela época, então chamá-los de ‘dragões’ é anacrônico”.
Outros locais na China já revelaram dragões de jade
A equipe também descobriu que o local onde a peça foi encontrada tem uma função que vai além de uma simples sepultura. Segundo o estudo, trata-se de uma estrutura ritualística, com túmulos de indivíduos específicos.
Shelach-Lavi observou que locais semelhantes já foram descobertos em Niuheliang, outra área arqueológica ligada à cultura Hongshan, sugerindo a existência de práticas rituais complexas na organização social dessa antiga civilização.
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