O futuro da exploração espacial será grandioso nas próximas décadas, principalmente quando estamos falando do nosso vizinho Marte. A NASA, por exemplo, tem trabalhado em diversas ideias e projetos que poderão se tornar missões que revelarão mais sobre o planeta vermelho, mas será que levar astronautas para a realização de pesquisas científicas é mais eficiente que levar robôs?
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Ciência na superfície de Marte
Um dos três pilares da NASA para a exploração humana de Marte e do Sistema Solar é a ciência, e a agência está traçando agora os projetos para que esse objetivo seja atingido. De acordo com um relatório do Grupo de Análise do Programa de Exploração de Marte (MEPAG), ou equipe Tiger, a ciência na superfície marciana conduzida por astronautas terá mais impacto. O documento ainda sugere como e onde no Planeta Vermelho os humanos podem maximizar a exploração e a produção científica.
Liderados por Bruce Jakosky, os pesquisadores esperam que a NASA seja receptível quanto ao relatório e a inserção da ciência em meio as missões a Marte, fazendo com que astronautas, engenheiros e cientistas trabalhem em conjunto, assim como o programa Apollo, na década de 1960.
Acho que o valor real deste relatório é conseguirmos que a NASA preste atenção. Vemos muito trabalho em andamento no planejamento da arquitetura para missões humanas a Marte. Mas a ciência não está em discussão. Meu objetivo como presidente da Tiger Team é tentar incluir a ciência na discussão.
Bruce Jakosky, em entrevista ao Space.com
Relatório dos pesquisadores
No relatório, vários pontos importantes para exploração científica de Marte foram levantados, como locais de pouso, tarefas a serem cumpridas e o tempo em que elas serão realizadas, e até mesmo potenciais futuras parcerias robóticas, tendo as investigações três objetivos principais:
- Astrobiologia: determinar se a vida já existiu em marte e investigar a habitabilidade do planeta;
- Clima e voláteis: entender os processos e histórias da água e das mudanças climáticas em Marte;
- Geologia/Geofísica/Geoquímica: compreender a história da evolução do planeta desde sua formação até hoje, e investigar os processos responsáveis pela evolução da superfície, crosta e interior de Marte.
Os pesquisadores também pontuam que qualquer lugar onde os astronautas pousarem podem fornecer dados científicos impressionantes sobre Marte. Além disso, eles também argumentam que a presença humana nas missões permitirá que lugares inacessíveis por rovers sejam visitados, como penhascos, locais gelados e cavernas. Tarefas que levariam dias ou meses para serem realizadas por rover, como recolher amostras, e cavar buracos, também poderiam facilmente ser realizadas por astronautas.
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