segunda-feira , 8 setembro 2025
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Novo estudo pode ser determinante para criação de vacinas contra o câncer

Pesquisadores da Universidade de Columbia desenvolveram bactérias probióticas que ensinam o sistema imunológico a atacar células cancerígenas, abrindo caminho para uma nova classe de vacinas personalizadas contra o câncer.

Essas vacinas microbianas podem ser adaptadas para cada paciente, visando tanto o tumor primário quanto as metástases, e até mesmo prevenindo recidivas futuras.

Em estudos com camundongos com câncer colorretal avançado e melanoma, a vacina demonstrou capacidade de eliminar ou suprimir o crescimento dos tumores, preservando células saudáveis.

As descobertas, publicadas na revista Nature em 16 de outubro, indicam que a vacina bacteriana é mais eficaz do que vacinas terapêuticas anteriores baseadas em peptídeos.

A inovação reside na capacidade da vacina de ativar de forma coordenada diversas partes do sistema imunológico, superando os desafios apresentados por tumores sólidos difíceis de tratar.

“Nossa abordagem permite reestruturar o sistema imunológico para uma resposta antitumoral eficaz”, afirma Andrew Redenti, um dos autores do estudo.

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Testes com camundongos conseguiram registrar a capacidade da vacina em suprimir células cancerígenas – Imagem: Shutterstock/Kateryna Kon

Vacina precisa ser apropriada para cada mutação do câncer

  • A personalização da vacina é fundamental, uma vez que cada câncer possui mutações genéticas únicas.
  • Os pesquisadores programam as bactérias para identificar e atacar essas mutações, potencializando a eficácia do tratamento.
  • Enquanto as bactérias têm sido utilizadas no tratamento do câncer desde o final do século XIX, esta nova abordagem aprimora a precisão e a eficácia das respostas imunológicas.

As bactérias são modificadas geneticamente para produzir neoantígenos específicos do câncer e estimular o sistema imunológico a atacar células tumorais, ao mesmo tempo que evitam danificar células saudáveis.

Essas modificações também aumentam a segurança, permitindo que as bactérias sejam facilmente eliminadas pelo organismo se não encontrarem tumores.

Os testes em camundongos mostraram que a vacina não só combate o câncer em estágios avançados, mas também pode prevenir o crescimento de tumores após a remissão.

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Vacina testada em estudo pode levar a um tratamento mais eficaz contra o câncer – Imagem: Rohane Hamilton / Shutterstock.com

Para aplicar essa tecnologia em humanos, seria necessário sequenciar o tumor do paciente e identificar os neoantígenos específicos antes de desenvolver a vacina. Com a capacidade de administrar múltiplos neoantígenos, a abordagem promete ser mais eficaz em evitar que as células tumorais escapem ao tratamento.

Os pesquisadores acreditam que essa nova plataforma bacteriana pode superar as limitações de vacinas anteriores, proporcionando um tratamento direcionado e eficaz para o câncer.

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