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As geleiras quase idênticas que geram vida no “deserto polar”

Um quarteto de geleiras quase iguais em uma ilha no Ártico canadense aparece em uma impressionante foto de satélite capturada em 2012. As massas de gelo “esticadas”, além de curiosas, também são importantes para a manutenção da vida no “deserto polar”.

O quarteto também fornece oportunidades raras de estudar espécies de plantas que estão entre as mais resistentes do mundo.

Como são as geleiras quase idênticas

  • Elas estão localizadas ao longo da crista norte do Vale Oobloyah, no coração da Ilha Ellesmere (a 10ª maior ilha da Terra e a massa de terra que fica mais ao norte do Canadá);
  • Da esquerda para direita, as geleiras são conhecidas como: Nukapingwa, Arklio, Perkeo e Midget;
  • Cada uma possui cerca de 3,2 quilômetros de comprimento e cerca de 600 metros de largura;
(Créditos da imagem: NASA Earth Observatory/EO-1)

A Ilha Ellesmere é um lugar complicado para a vida prosperar. Apesar de permanecer praticamente sem gelo durante o ano, as temperaturas variam de 3,3 graus Celsius no verão até menos 38 graus Celsius no inverno.

A área também recebe menos de 6,4 centímetros de precipitação por ano — tornando-a um deserto polar, segundo o Observatório da Terra da NASA. Como resultado, apenas 144 pessoas vivem na ilha (até 2021), apesar da massa de terra ser quase do mesmo tamanho do Reino Unido.

A importância do derretimento sazonal

No entanto, a água derretida sazonal das geleiras fornece umidade suficiente para sustentar uma cobertura de vegetação que serve como base alimentar para animais como lebres árticas, bois-almiscarados, lobos e ursos polares (o próprio nome Ellesmere significa “terra dos bois-almiscarados” em francês).

Na extremidade de cada geleira estão áreas conhecidos como morenas, áreas de terra deixadas para trás conforme as geleiras recuam para o cume do vale, conforme o US Geological Survey. Essas áreas são completamente desprovidas de vida, o que as torna o campo de testes perfeito para cientistas estudarem como as plantas árticas colonizam novas terras.

Em um estudo de 2013, pesquisadores do Japão conduziram um extenso trabalho de campo na morena ao redor da geleira Arklio (a segunda da direita) e descobriram que duas plantas — Epilobium latifolium (erva-de-fogo-anã ) e um tipo de salgueiro rasteiro (Salix arctica) — colonizam rapidamente o espaço, permitindo que outras espécies sigam eventualmente o mesmo exemplo.

Espécies de plantas colonizam rapidamente o solo descoberto exposto pelo recuo das geleiras. (Créditos da imagem: NASA Earth Observatory/Akiro Mori/Yokohama National University)

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Infelizmente, as mudanças climáticas causadas pelo homem estão fazendo com que as geleiras recuem muito mais rápido que o normal. Um estudo de 2018, que comparou fotos de satélite de mais de 1.700 geleiras na Ilha Ellesmere, descobriu que as massas de gelo perderam juntas cerca de 6% de gelo total entre 1999 e 2015.

Embora o recuo das geleiras possa fornecer espaço para o crescimento das plantas, a perda de gelo preocupa e acabará reduzindo a quantidade de água derretida, colocando em risco o ecossistema de Ellesmere no longo prazo.

Com informações do Live Science

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