segunda-feira , 8 setembro 2025
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Lixo espacial pode causar a próxima emergência ambiental

O aumento do número de lançamentos de foguetes e satélites pode desencadear a próxima grande emergência ambiental. Diversos estudos já apontaram os efeitos negativos destes equipamentos ao meio ambiente.

Possíveis efeitos do acúmulo do lixo espacial

Nos últimos 15 anos, o número de foguetes lançados por ano quase triplicou, enquanto o número de satélites orbitando o planeta duplicou. Este cenário também resulta no aumento preocupante na quantidade de detritos espaciais.

A previsão é que cerca 100 mil espaçonaves possam circundar a Terra até o final desta década. A maioria desses satélites pertencerá a um dos projetos de megaconstelação, como o Starlink, da SpaceX, que estão atualmente planejados ou sendo implantados. Já a quantidade de lixo espacial queimando na atmosfera anualmente deve atingir mais de 3.300 toneladas.

A maioria dos foguetes em uso hoje funciona com combustíveis fósseis e libera fuligem, que absorve calor e pode aumentar as temperaturas nos níveis superiores da atmosfera da Terra. A incineração atmosférica de satélites produz óxidos de alumínio, que também podem alterar o equilíbrio térmico do planeta.

Quantidade de lixo espacial queimando na atmosfera deve atingir mais de 3.300 toneladas até o final deste década (Imagem: Dotted Yeti/Shutterstock)

Ambos os tipos de emissões também têm o potencial de destruir o ozônio, o gás protetor que impede que a perigosa radiação ultravioleta (UV) atinja a superfície da Terra. Além disso, podem produzir anomalias significativas de temperatura na estratosfera.

Outro efeito deste manto de cinzas metálicas que está se formando na estratosfera como resultado das reentradas dos satélites pode ser a interferência no campo magnético da Terra. Estas poeiras podem enfraquecer o campo magnético, possivelmente permitindo que uma radiação cósmica mais prejudicial atinja a superfície do planeta.

Quanto maior a altitude das partículas de poluição do ar, mais tempo elas permanecerão na atmosfera e mais tempo terão para causar estragos. E, segundo os pesquisadores, o tamanho destas consequências ainda é algo desconhecido.

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Lixo espacial é um problema crescente
Impactos do lixo espacial ainda não são totalmente conhecidos (Imagem: Frame Stock Footage/Shutterstock)

Não existe uma regulamentação sobre o tema

  • O problema já foi identificado, mas a falta de uma regulamentação sobre o tema dificulta a adoção de medias para mitigar os eventuais danos causados.
  • Nos EUA, a organização sem fins lucrativos Public Interest Research Groups (PIRG) recentemente pediu à Federal Communications Commission, que concede licenças a operadoras de satélites, que interrompa todos os lançamentos até que os impactos ambientais das reentradas destes objetos sejam avaliados.
  • Uma isenção da Lei Nacional de Proteção Ambiental, em vigor desde 1986, permite que estas missões sejam realizadas sem a necessidade de análises do impacto ambiental .
  • Essa nova ameaça ambiental também está fora do escopo de todos os tratados internacionais existentes de proteção espacial e ambiental.
  • Um cenário que, segundo os cientistas, precisa mudar urgentemente.
  • As informações são do Space.com.

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