Um grupo de pesquisadores conseguiu identificar pela primeira vez os genes que ajudam as plantas a crescer em condições estressantes. A descoberta pode ajudar na produção de alimentos mais sustentáveis diante dos impactos das mudanças climáticas.
Molécula antiestresse permite maior crescimento das plantas
- O estudo se debruçou sobre o processo de produção de uma molécula antiestresse chamada dimetilsulfoniopropionato, ou DMSP.
- De acordo com cientistas, a maioria das plantas produz esta substância.
- No entanto, as espécies com maior capacidade de produção conseguem crescer inclusiva em costas ou em condições muito salgadas.
- A pesquisa também mostrou que os exemplares com altos índices de DMSP podem ser cultivados sob outras condições estressantes, caso da seca.
- Isso possibilitaria a criação em solos pobres em nitrogênio, melhorando a produtividade agrícola.
- Os resultados foram publicados na revista Nature Communications.
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Descoberta abre novas possibilidades para a agricultura
Este é o primeiro estudo a descrever os genes usados para produzir DMSP, além de identificar por que as plantas produzem essa molécula e descobrir que isso pode ser usado para melhorar a tolerância ao estresse das espécies.
Os pesquisadores analisaram a espécie Spartina anglica, que produz altos níveis de DMSP. Eles compararam seus genes com os de outras plantas que produzem a molécula em baixas concentrações
O trabalho identificou três enzimas responsáveis pelo aumento do nível de DMSP. Agora, os cientistas acreditam que podem reproduzir estes compostos, aumentando a capacidade de outras plantas produzirem a molécula.
O DMSP desempenha papéis cruciais na proteção contra o estresse e é parte integrante do ciclo global de carbono e enxofre, bem como da produção de gases ativos para o clima. Os ecossistemas de pântano salgado, particularmente aqueles dominados por gramíneas Spartina, são pontos críticos para a produção da substância devido a essas plantas serem capazes de sintetizar concentrações excepcionalmente altas do composto.
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