segunda-feira , 8 setembro 2025
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‘Pilares’ de continentes não duram para sempre – e isso ainda é um mistério

Crátons são, em essência, as estruturas geológicas mais antigas e estáveis da Terra. Imagine-os como pilares que sustentam continentes. Mas até eles eventualmente perdem estabilidade, num processo de “decratonização”. Por que? Ainda não se sabe exatamente. Mas um estudo oferece respostas prováveis.

Antes, acreditava-se que a espessura da litosfera (crosta combinada com a parte superior do manto) dos crátons os protegia de forma quase permanente contra a erosão causada por plumas do manto. No entanto, a pesquisa sugere que a espessura da litosfera não é suficiente para proteger os crátons. Isso porque outros fatores, como a subducção, podem interferir.

Pesquisa aponta o que pode deixar partes mais antigas da Terra vulneráveis

O estudo, publicado no periódico Nature Geoscience, aponta a subducção (deslizamento de uma placa tectônica para debaixo de outra) em laje plana, seguida de retrocesso, como um dos principais processos que causam a “decratonização”.

  • Isso foi observado no cráton localizado no norte da China, durante o período Cretáceo;
  • Nesta época, partes dessa região foram subduzidas sob a placa do Pacífico, o que levou a mudanças significativas.
Montagem com gráficos sobre crátons em continentes
Estudo aponta a subducção como um dos principais processos que causam a “decratonização” (Imagem: Liu et al/Nature Geoscience)

Como o estudo foi feito: os pesquisadores criaram 26 modelos que mostram um processo em várias etapas, no qual grandes áreas foram afetadas. Isso gerou uma cunha de manto, permitindo uma espécie de reciclagem de rochas.

O que os pesquisadores descobriram: crátons localizados perto de zonas de subducção são mais vulneráveis à desestabilização do que aqueles situados no interior dos continentes.

  • Isso é relevante porque pode ajudar a entender melhor a vulnerabilidade dos crátons em todo o mundo.

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Monte Everest, a montanha mais alta do mundo, está crescendo

O Monte Everest fica mais (um pouquinho) mais alto a cada ano. Nos últimos 89 mil anos, a altura da montanha cresceu de 15 a 50 metros. Pelo menos, é o que aponta um estudo divulgado recentemente.

Pico do Monte Everest visto de frente
Monte Everest fica um pouquinho mais alto a cada ano (Imagem: Hussain Warraich/Shutterstock)

Esses metros extras no Monte Everest podem ser atribuídos a um evento relativamente raro de “captura de rio” que ocorreu há 89 mil anos, de acordo com os modelos computacionais dos autores. 

  • Explicando: durante esse tipo de evento, um rio muda seu curso, interage com outro e rouba sua água, segundo Matthew Fox, coautor do estudo e geólogo do University College London.

Esta matéria do Olhar Digital te explica o que pode ter acontecido durante esse evento raro e traz contrapontos a essa pesquisa.

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