segunda-feira , 10 novembro 2025
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Novo nanomaterial pode revolucionar fertilização de plantas

Um grupo de pesquisadores brasileiros criou um novo nanomaterial que pode conservar nutrientes, especificamente o fósforo, no solo das plantações por mais tempo do que os fertilizantes disponíveis atualmente no mercado.

A pesquisa foi conduzida pela Embrapa Instrumentação, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e publicada na revista Communications in Soil Science and Plant Analysis.

Nanomaterial fertilizante

  • Quando o fósforo é inserido no solo, reage com outros nutrientes e se torna menos solúvel, dificultando a absorção das plantas.
  • Em geral, cerca de 80% desse nutriente é perdido após ser adicionado ao solo na forma de fertilizante.
  • Para evitar esse desperdício, os cientistas alteraram a estrutura dos fertilizantes com um novo composto que protege o nutriente.
  • O UHap é capaz de conservar até 35% do fósforo no solo, além de oferecer nitrogênio, reduzindo a quantidade de aplicações do fertilizante.
  • O nanomaterial é formado por 50% de ureia (que fornece nitrogênio) e 50% de hidroxiapatita em pó (que fornece fósforo) e ganhou uma aparência semelhante ao fertilizante já usado na agropecuária.

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Resultados da aplicação em plantações de milho

O UHap foi testado em plantações de milho. O solo foi dividido em três partes, cada uma recebendo tratamentos diferentes: o novo material, apenas o pó de hidroxiapatita e o fertilizante fosfatado comercial conhecido como MAP.

No primeiro dia do experimento, o solo que recebeu o MAP e a hidroxiapatita continha 89% de fósforo. Após 21 dias, esse valor caiu para 28%, e depois de 42 dias, para 18%. A plantação que recebeu o UHap começou os testes com uma quantidade menor do nutriente (53%), mas também obteve uma queda menor, chegando a 42%, e depois manteve-se em 35% ao longo do período final.

O milho fertilizado com o novo material e a hidroxiapatita produziu 60% mais matéria seca, enquanto com o MAP, produziu apenas metade disso, ou seja, 30% a mais do que as plantas que não receberam nenhum composto.

Fertilizante nacional

Os pesquisadores estão em busca de empresas para estabelecer parcerias e produzir o novo material em grande escala. Assim, será possível conduzir experimentos em uma proporção maior.

Em entrevista à Agência FAPESP, Cauê Ribeiro, coordenador do estudo e pesquisador da Embrapa Instrumentação, destacou a importância do fertilizante brasileiro.

Os fertilizantes são estratégicos para o Brasil, mas hoje dependemos exclusivamente de importações. Precisamos reindustrializar o país nesse setor, além de desenvolver produtos mais eficientes

Cauê Ribeiro para Agência FAPESP

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