Um avião caiu em Itapeva (MG) no domingo (28). E um dos vídeos gravados por quem estava por perto mostra “chuva” de destroços da aeronave no acidente, no qual sete pessoas morreram. Testemunhas relataram ao Corpo de Bombeiros que o avião se desintegrou no ar. Mas será que isso é possível?
Para quem tem pressa:
- Um acidente aéreo ocorreu em Itapeva (MG), no domingo (28), no qual sete pessoas. Testemunhas relataram ao Corpo de Bombeiros que o avião se desintegrou no ar antes de cair (um vídeo capturou “chuva” de destroços da aeronave);
- O especialista em segurança de voo, Maurizio Spinelli, confirmou ao Olhar Digital que aviões podem se desintegrar em voo devido a “uma série de circunstâncias”. As principais são: falta de reforço estrutural nas asas, velocidade excessiva e condições meteorológicas adversas;
- Spinelli ressaltou que acidentes assim “não são muito comuns”. O avião envolvido no acidente, um Piper PA46, partiu de Campinas (SP) com destino a Belo Horizonte (MG). Seus destroços foram encontrados espalhados em um raio de um quilômetro em Itapeva.
- As vítimas foram: Marcílio Franco da Silveira, empresário e fundador da Credfranco; sua esposa Raquel e filho Antônio; o empresário André Rodrigues do Amaral (sócio de Marcílio) e sua esposa Fernanda; o piloto Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira; e o copiloto Gabriel de Almeida Quintão Araújo.
O Olhar Digital fez esse questionamento a Maurizio Spinelli, piloto especialista em segurança de voo. Ele também falou sobre as circunstâncias e frequência com que esse tipo de acidente ocorre.
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Avião se desintegra no ar…?
Segundo o piloto, aviões realmente podem se desintegrar em pleno voo. E, segundo Spinelli, existe uma série de circunstâncias para que isso aconteça. Em suma: ausência de reforço estrutural, velocidade excessiva e entrada em condições meteorológicas adversas
A maioria [das circunstâncias] está ligada ao reforço estrutural na parte das asas. Muitas aeronaves, apesar de voarem muito rápido, não necessariamente têm esse reforço. Quando [a tripulação] não observa questões de velocidade e entrada em massas [de ar] nebulosas – por exemplo: nuvens Cumulonimbus – pode acontecer uma tragédia como essa em Minas Gerais.
Maurizio Spinelli, piloto especialista em segurança de voo, em entrevista ao Olhar Digital
Em relação à frequência com que esse tipo de acidente ocorre, o piloto disse: “Não é efetivamente tão comum. Não vemos [esse tipo de acidente ocorrer] toda hora. Mas, infelizmente, é possível que aconteça dentro dessas circunstâncias.”
Queda de avião em Itapeva
O avião, modelo Piper PA46, decolou do Aeroporto dos Amarais, em Campinas (SP), às 10h09, com destino à Belo Horizonte (MG). Os destroços da aeronave se espalharam por um raio de um quilômetro em Itapeva (MG) ainda na parte da manhã.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave se desintegrou no ar antes de chegar ao chão. A médica-legista que esteve no local informou que o avião se partiu em três fragmentos maiores e outros menores.
As vítimas são:
- Marcílio Franco da Silveira, 42 anos: empresário, fundador da Credfranco e presidente da Anec;
- Raquel Souza Neves Silveira, 40 anos: esposa de Marcílio;
- Antônio Neves Silveira, 2 anos: filho de Raquel e Marcílio;
- André Rodrigues do Amaral, 40 anos: empresário, conselheiro administrativo da Anec e sócio de Marcílio na Credfranco;
- Fernanda Luísa Costa Amaral, 38 anos: esposa de André;
- Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira: piloto;
- Gabriel de Almeida Quintão Araújo, 25 anos: copiloto.
Até a tarde desta segunda-feira (29), não havia informações precisas sobre as circunstâncias do acidente. O Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai conduzir a averiguação sobre o que ocorreu. As informações são do G1.
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